No dia 13 de Março realizou-se, na escola, o "Dia das Ciências Experimentais". Os alunos apresentaram, à Comunidade Escolar, diversas actividades experimentais. Os alunos do 10º F simularam o processo de Fossilização, utilizando plasticina e gesso, e simularam a propagação das ondas sísmicas para cálculo da Zona de Sombra.
FOSSILIZAÇÃO
"De um modo geral, os organismos são completamente destruídos após a morte e num determinado espaço de tempo, processo este que se designa por decomposição.
Estes são decompostos pela acção combinada de:
* organismos decompositores (geralmente microorganismos);
* agentes físicos (alterações de pressão e temperatura) e
* agentes químicos (dissoluções, oxidações, entre outros).
Por vezes, os restos orgânicos ficam rapidamente envolvidos num material protector que os preserva do contacto com a atmosfera, da água do mar e da acção dos decompositores.
Este processo é raro (acontece em menos de 1% das situações), complexo e geralmente só as partes duras (troncos, conchas, carapaças, ossos e dentes) fossilizam.
Na fossilização os compostos orgânicos que constituem o organismo morto são substituídos por outros mais estáveis nas novas condições. Estes podem ser calcite, sílica, pirite, carbono, entre outros.
A fossilização é um processo muito lento e complexo!
Os Fósseis (do latim fossilis) são os restos materiais de antigos organismos ou as manifestações da sua actividade, que ficaram mais ou menos bem conservados nas rochas ou em outros fósseis.
Entende-se por:
1. restos materiais – evidências de partes do organismo como ossos, dentes, troncos, chifres, ou o corpo inteiro em casos excepcionais;
2. manifestações de actividade são de dois tipos –
a)vestígios orgânicos, como estruturas reprodutoras (ovos, sementes, esporos, pólenes, etc.), excrementos (cuprólitos) e restos de construções orgânicas;
b)rastos, designados por icnofósseis ou icnitos, como pegadas ou impressões de outras partes do corpo (dentadas, por exemplo), pistas, galerias abertas em rochas, esqueletos ou troncos, etc.
Para que se forme um fóssil é necessário que as evidências sofram uma série de transformações químicas e físicas ao longo de um período de tempo. Assim, só se consideram fósseis os vestígios orgânicos com mais de 13.000 anos (idade aproximada da última glaciação do Quaternário – o Würm)."
http://fossil.uc.pt
ZONA DE SOMBRA
"A constituição e as propriedades físicas dos materiais terrestres variam com a profundidade, condicionando assim a velocidade das ondas P e S. A velocidade das ondas sísmicas aumenta com a rigidez dos materiais e diminui proporcionalmente à sua densidade. A reflexão e refracção das ondas sísmicas permitem localizar três superfícies de descontinuidade:
Descontinuidade de Mohorovicic – profundidade média de 40km, separa a crosta do manto.
Descontinuidade de Gutenberg – profundidade de 2883km, separa o manto do núcleo externo.
Descontinuidade de Wiechert/Lehmann – profundidade de 5140km, separa o núcleo externo do núcleo interno.
Para cada sismo existe uma zona de sombra sísmica, compreendida entre ângulos epicentrais de 103º e 143º, onde não são recebidas ondas P nem ondas S directas."
http://www.exames.org/apontamentos/biogeo/biogeo_ano1e2_nuno_fernandes.pdf
Sandra Pinho