2007-12-22

Pinheiro-Bravo




DESCRIÇÃO

O Pinheiro-bravo Pinus pinaster é uma árvore de grande porte, podendo atingir os 30 - 40 m de altura. O tronco tem uma casca espessa, de cor castanha avermelhada, profundamente fissurada. As folhas são agulhas, emparelhadas, de cor verde-escura, com 10-25 cm, rígidas e grossas.

Espécie monóica (isto é, o mesmo indivíduo tem flores masculinas e femininas). As flores masculinas localizam-se na base dos rebentos anuais. Os amentilhos femininos, rosados, localizam-se no topo dos rebentos anuais. As pinhas são cónicas ovóides, simétricas ou quase, castanhas claras e polidas, com 8-23 x 5-8 cm.


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Região Mediterrânica e costas atlânticas de Portugal, Espanha e França. Introduzido na Bélgica, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.


CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Vegeta bem na grande maioria dos solos com excepção dos solos com muito calcário solúvel (pH elevado). Encontra-se em melhores condições em zonas com precipitação média anual superior a 800 mm, com pelo menos 100 mm no período estival.

PROPAGAÇÃO

Propaga-se por semente com muita facilidade, embora a larga maioria dos povoamentos seja obtida por plantação.


HISTÓRIA E UTILIZAÇÕES

Fazendo parte da história natural da Península Ibérica, a área de distribuição do Pinheiro-bravo começou a aumentar por intervenção humana a partir dos séculos XII e XIII, principalmente devido à sua utilização na contenção das dunas litorais. A partir do final do século XIX, e principalmente a partir da década de 40 do século XX, a área de pinheiro-bravo aumentou através da expansão para regiões serranas do interior do país.

As utilizações principais do Pinheiro-bravo são as madeiras (pranchas, aglomerados e outras utilizações) e a produção de resina.

LEITURAS RECOMENDADAS

Coutinho, A. (1936). Esbôço de uma flora lenhosa portuguesa. Vol III - Tomo I. Serviços Florestais.Lisboa.

Humpries, C., Press, J., e Sutton, D. (1981). The Hamlyn Guide to Trees of Britain and Europe. Hamlyn. London.

Monteiro Alves, A (1982) Técnicas de Produção Florestal. INIC.Lisboa

C.R.C. (adaptado) - Naturlink

Azevinho




TAXONOMIA

O azevinho (Ilex aquifolium L.) pertence à família Aquifoliaceae (Aquifoliácias), a qual contém diversas espécies de árvores e arbustos espalhadas pelos trópicos e países temperados.


CARACTERÍSTICAS GERAIS E MORFOLÓGICAS

Possui um porte arbustivo ou arbóreo, podendo alcançar, no segundo caso, uma altura de 8-10 metros. O ritidoma (casca do tronco) é liso e esverdeado. As folhas têm uma forma oblonga ou ovado-oblonga e são alternas, muito rígidas e coriáceas, muito reluzentes. As margens são onduladas e possuem dentes espinhosos. Em estados de desenvolvimento avançados das árvores, estes espinhos tendem a desaparecer.

As flores têm uma cor branca ou rosácea. Nascem solitárias ou em ramalhetes nas zonas de inserção das folhas.

São plantas que possuem flores funcionalmente unissexuadas ou mais raramente hermafroditas, ainda que cada uma apresente vestígios do outro sexo na forma de um óvulo rudimentar ou de filamentos estaminais com anteras estéreis. O cálice e a corola têm 4, raramente 5, elementos e estão ligeiramente soldadas na base. Os estames são em igual número às pétalas, alternando com estas.

O fruto é carnoso, muito apelativo aos insectos pela sua cor vermelha ou amarela viva. Floresce de Abril a Junho. Os frutos amadurecem em Outubro mas mantêm-se na árvores durante muito tempo.

UTILIZAÇÕES

É cultivada como planta ornamental, usada principalmente para adornos natalícios. A sua procura do azevinho para este fim foi tão intensa que acabou por levar à proibição da sua recolha no nosso país, sendo hoje bastante rara enquanto planta espontânea.

A sua madeira é de cor branca ou acinzentada, de textura fina e uniforme. É muito pesada, não flutuando na água. É muito dura, sendo difícil de trabalhar, mas é muito boa como combustível para lareiras.

É uma espécie muito utilizada para sebes dado suportar muito bem as podas.
A parte interna do ritidoma, cozida durante 7-8 horas, deixada a fermentar entre 2 a 5 semanas e pulverizada e lavada com água, dá origem a uma goma usada para caçar pássaros.

Tem também algumas utilizações medicinais. Às suas folhas são atribuídas propriedades diuréticas. Os frutos são purgantes e provocam o vómito.

LEITURAS RECOMENDADAS

Gonzalez, G. L. (1991). La Guia de Incafo de los arborles e arbustos de La Peninsula Iberica. Incafo, S.A. Madrid.

Nuno Cruz António (adaptado)- Naturlink

Rena - Rangifer tarandus




As Renas são mamíferos herbívoros que habitam na Tundra Ártica (Canadá, Alasca, Rússia, Gronelândia e norte Europeu).
São animais de grande porte, podendo atingir os 1,80 - 2m de comprimento e uma altura, ao nível das espáduas, de 1,15 m. O macho , mais pesado do que a fêmea pode atingir os 136 Kg enquanto que a fêmea atinge os 90-113 Kg. Possuem cascos flexíveis e bastante largos que lhes permitem, por um lado, andar sobre a neve e sobre a lama sem se afundarem, e, por outro lado, escavar a neve à procura de comida.
Têm os 5 sentidos muito apurados.

A pele é espessa e revestida por duas camadas de pêlos, uma mais exterior, de pêlos delicados e outra mais interior muito densa. A cor varia, podendo ir do branco ao cinzento escuro, mas normalmente apresentam uma tonalidade acastanhada ou acinzentada, com partes mais claras.
É a única espécie de cervídeo em que os machos e as fêmeas têm chifres se bem que os das fêmeas sejam mais pequenos e simples do que os dos machos.
Os machos utilizam-nos para competir com machos rivais na altura do acasalamento, no Outono, enquanto que as fêmeas os usam para proteger as crias dos predadores. Quando uma cria se encontra ameaçada, as fêmeas do grupo circundam-na virando os chifres para o predador, numa atitude nítida de intimidação. Os machos podem ou não participar desta manobra, mas quando se trata de elementos do seu grupo familiar é mais provável que participem. Todavia a utilização dos chifres é só feita em último recurso. A primeira reacção é, normalmente, a de fugir do perigo.

Vivem em rebanhos liderados, geralmente, pelo macho que possui os chifres maiores. Estes rebanhos, no Verão, são formados principalmente por fêmeas e filhotes. No Outono os machos solitários juntam-se aos rebanhos e competem com machos rivais para reunir grupos de fêmeas e acasalar.

No Verão alimentam-se, sobretudo, de ervas; no Inverno comem líquenes que obtém esgravatando a neve.

Como forma de se adaptar às condições inóspitas da Tundra, no fim do Verão migram para regiões onde as condições climáticas são menos agrestes.

São bons nadadores e corredores velozes, o que lhes permite escapar aos predadores - lobos, linces e ursos. Os lobos são capazes de caçar um adulto, sobretudo se for fraco ou velho e algumas águias e ursos devoram as crias. São também atacados por mosquitos (e outros insectos) que chegam a ingerir 100 gramas de sangue de um animal por dia.

Acasalam em Setembro/Outubro e a gestação é de 33 a 35 semanas. Em Maio/Junho, quando a neve se encontra já parcialmente derretida, nascem 1 ou 2 crias, que são capazes de correr logo a seguir. Nessa altura há mais alimento para as mães, o que lhes permite amamentar as crias.

Estes animais encontram-se muito bem adaptados ao Ártico, o que faz com que sejam considerados uma espécie bem sucedida. Podem ser encontrados em várias regiões do planeta junto ao Círculo Polar Ártico, não obstante poderem tomar diferentes designações, como por exemplo Caribus, na América do Norte. No entanto, apesar de designações diferentes, trata-se de uma única espécie.

Em algumas regiões são domesticadas pelo Homem e utilizados como animais de carga, puxando trenós e carros, para transporte de mercadorias e de habitantes das regiões árticas. Por vezes são também criadas ou caçadas devido à sua carne, leite, pele (usada para fabricar tendas, botas e peças de vestuário) e chifres (para cabos de facas,colheres, etc; os dos animais mais jovens são usados para extrair gelatina).

Bibliografia
Enciclopédia da Natureza. Globo multimédia
http://www.itv.se/boreale/bovts.htm
http://www.mda.state.mi.us/kids/countyfair/animals/reindeer/
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Editorial Enciclopédia, Lda

Fonte: www.minerva.uevora.pt

2007-12-19

Rio Azibo




Rio Azibo é um rio português, com comprimento de 50 km, afluente da margem direita do Sabor que nasce na Serra da Nogueira no concelho de Bragança perto de Rebordainhos. Atravessa o concelho de Macedo de Cavaleiros, onde foi construída a Barragem do Azibo, perto de Santa Combinha e vai desaguar no rio Sabor perto de Castro Vicente no concelho de Mogadouro.
Fonte Wikipédia

2007-12-18

Nave 'Deep Impact' rumo ao Hartley 2

A NASA aprovou a comutação do destino da missão Epoxi - que junta os projectos de investigação Extras--Solar Planet Observation e Deep Impact Extended Observation - para novas coordenadas. A nave ruma agora para um encontro, de proximidade, com o cometa Hartley 2. A passagem mais próxima desse corpo está agendada para o dia 11 de Outubro de 2010. A missão custará perto de 28 milhões de euros e tira partido da nave Deep Impact, pré-existente.

Essa passagem, em 2010, colocará a nave a apenas 1000 quilómetros do cometa. O equipamento empregue para conduzir o aparelho e as investigações é em tudo semelhante ao que foi usado na missão junto do cometa Tempel 1, em Julho de 2005. O Hartley 2, que a Epoxi vai explorar, poderá vir a ser identificado numa nova classe de cometas.

Além de investigar o cometa Hartley 2, a pequena nave vai apontar o maior dos seus dois telescópios a dois sistemas solares já identificados. Esta missão de observação para lá do nosso sistema solar decorrerá em finais de Janeiro de 2008, e permitirá estudar as propriedades de planetas gigantes, os seus sistemas de anéis e luas. A observação procurará ainda a identificação de eventuais planetas com massa aproximada à da Terra. Nestas observações, revelou a NASA, a Terra será encarada como se de um eventual planeta extra-solar se tratasse, do seu conhecimento podendo partir dados e valores que se tornem referência de comparação na caracterização dos novos mundos que se venha a descobrir.

Para Drake Deming, investigador principal da missão Epoxi no Godard Flight Space Centre, "a busca de sistemas planetários extra-solares representa o mais intrigante espaço de exploração do nosso tempo". Através da missão que coordena, afirma ainda que "temos o potencial para poder descobrir novos mundos e até mesmo analisar a luz que emitem e, talvez, descobrir que tipo de atmosfera possuem".

A mudança do rumo da missão e dos seus objectivos decorreu de uma incapacidade em localizar o seu alvo primordial. "Ao ser-nos impossível encontrar o cometa Boethin, optámos por uma solução alternativa", justifica Tom Duxbury, o project maganer da missão Epoxi no laboratório da NASA em Passadena, na Califórnia. O novo alvo, ou seja, o Hartley 2, é para ele "tão interessante quanto o primeiro, com a diferença de estar, contudo, a dois anos de distância". Michael A'Heam, investigador da Universidade de Maryland, acrescenta que o cometa Hartley 2 "é cientificamente tão interessante quanto o Boethin porque ambos têm núcleos activos relativamente pequenos".

O reajustar das coordenadas de voo da missão Epoxi, iniciado em Novembro, levará a nave a uma passagem próxima da Terra a 31 de Dezembro. Aí ficará em órbita estacionária, até que chegue a janela ideal de lançamento para o encontro ideal com o cometa Hartley 2, em 2010.

DN de 17 Dezembro 2007

Rio Azibo




Os alunos do 10º F da Escola Básica 2,3/S de Macedo de Cavaleiros vão participar no Projecto Rios. Adoptaram 500m do Rio Azibo e vão investigar a fauna, a flora, a geologia da zona, a qualidade da água,...
As aventuras serão publicadas por aqui!

Sandra Pinho

2007-12-09

Vulcanismo lunar terá mais de 4 mil milhões de anos

Uma actividade vulcânica pode ter começado na Lua há 4,35 mil milhões de anos, pouco após a formação da Terra, revela um estudo a aparecer hoje na revista Nature.

O vulcanismo ter-se-á iniciado quando a crosta do satélite natural da Terra estava ainda em formação, segundo os investigadores Kentaro Terada e Mahesh Anand, da Universidade de Hiroshima e da Open University, respectivamente.

Estas conclusões foram obtidas após a análise e a datação de minerais de um meteorito proveniente da Lua, o Kalahari 009.

Alguns dos minerais estavam ligados a fragmentos de magma cristalizado proveniente das mais antigas erupções que ocorreram nas planícies da Lua.

Segundo os investigadores, a datação da Kalahari 009 foi realizada a partir de cinco grãos de fosfato encontrados na rocha.

Outras amostras lunares de origem vulcânica foram trazidas no início dos anos 70, após as missões lunares do Apollo, mas eram todas mais recentes, tendo apenas entre 3,5 e 3,9 mil milhões de anos, o que fazia pensar que o vulcanismo apenas tinha surgido no astro há menos de 3,9 mil milhões de anos.

O meteorito Kalahari 009, uma rocha com 13,5 quilos, foi encontrado no Botsuana em 1999.

Diário Digital / Lusa

06-12-2007 0:20:00

Estudo: Origem da biodiversidade ligada ao ciclo do carbono

Antes da multiplicação do número de espécies na Terra, há 550 milhões de anos, esta conheceu um período de gelo, mas segundo um novo estudo teórico, o «Big-Bang» explica-se por um ciclo do carbono e não pela actividade dos vulcões.

Segundo a teoria mais conhecida, as erupções vulcânicas teriam permitido, através da libertação de grandes quantidades de CO2, o aquecimento necessário para que a Terra saísse do estado de gelo intenso durante o qual a fotossíntese cessou.

No entanto, segundo um novo estudo de três investigadores da universidade de Toronto, no Canadá, publicado esta semana na revista Nature, «uma zona significativa da superfície oceânica não atingida pelo gelo pôde subsistir no Equador», durante as glaciações que ocorreram há 850 - 635 milhões de anos.

Se o oceano não gelou, com a queda das temperaturas, grandes quantidades de oxigénio chegaram ao fundo dos oceanos, provocando a oxidação do carbono orgânico formado pela fotossíntese nas águas de superfície.

Uma parte deste CO2 pôde depois ser libertado para a atmosfera, contribuindo para o seu aquecimento.

«A solubilidade do oxigénio na água do mar controla a remineralização do carbono orgânico de tal forma que o nível de CO2 não pode cair abaixo de um nível onde se produziria um estado de arrefecimento permanente» da Terra, afirmam Richard Peltier, Yonggang Liu e John Crowley.

Assim, o fim do período glaciar não estaria forçosamente ligado a um súbito surgimento de níveis muito elevados de CO2 na atmosfera (causado pelas erupções vulcânicas).

Segundo a teoria em voga até hoje, a calote glaciar e de neve que cobria o planeta impediu o aquecimento ao reflectir a luz solar, até que as erupções vulcânicas libertaram CO2 suficiente para permitir o aparecimento da maioria das espécies animais e vegetais.

Diário Digital / Lusa

06-12-2007 7:09:00

2007-12-07

A Intervenção Humana na Preservação das Espécies

Dada a quase omnipresente presença humana no planeta, a conservação da Natureza está, cada vez mais, dependente da intervenção directa do Homem, na forma de acções de preservação ambiental de diversos tipos que é importante conhecer.

Bruno Pinto

A necessidade de gestão de habitats e espécies advém do facto de algumas áreas degradadas já não serem capazes de manter a diversidade biológica que possuem por processos naturais. Em áreas quase intocadas como a maior parte da Antárctica, não há razão para interferir com estes processos e por isso os biólogos apenas têm de garantir que estas se mantêm bem conservadas. No entanto, a maioria dos ecossistemas foram tão alterados, que a sobrevivência de algumas espécies depende da intervenção Humana. Este texto foca alguns dos casos em que se justifica esta intervenção e de que forma contribui para a conservação de espécies.

Um dos motivos mais comuns para a gestão de determinado habitat é que certas espécies são dependentes de vegetação que precisa de ser mantida pela intervenção Humana. Por exemplo, o Coelho-bravo precisa de áreas fechadas de matagal mediterrânico que usa como protecção contra predadores, intercaladas com áreas abertas de gramíneas de que se alimenta. Estas áreas abertas eram anteriormente mantidas pela acção de fogos naturais e por herbívoros silvestres como o veado, o corço e mesmo o coelho-bravo, que agora estão ausentes ou existem em baixas densidades. Na ausência destes factores naturais que contribuem para a abertura do matagal mediterrânico, é necessário fazer uma gestão de habitat para as criar artificialmente.

Quando uma população se encontra em risco de extinção, pode ser necessário acrescentar indivíduos de outra população para recuperá-la. No entanto, existem situações em que não é possível conservar uma espécie em estado selvagem. Por exemplo, a conservação do toirão-das-patas-negras nos EUA dependeu da reprodução em cativeiro dos últimos 18 indivíduos que existiam em estado selvagem. Estes animais foram postos em cativeiro por forma a evitar as doenças que dizimaram as populações selvagens e também para garantir que os seus descendentes não tivessem elevados níveis de consanguinidade.

As técnicas de reprodução em cativeiro e de reintrodução têm melhorado bastante nas duas últimas décadas, possibilitando assim a reprodução de espécies que se julgava impossível há uns anos atrás. A reprodução em cativeiro de animais selvagens é uma medida de último recurso e tem de ser acompanhada de acções que eliminem ou reduzam os factores de ameaça à espécie, de modo que seja possível repô-la na Natureza. Por exemplo, o sucesso da recuperação do toirão-das-patas-negras apenas foi possível graças ao eficiente programa de reprodução em cativeiro, mas também devido a acções de recuperação e protecção do seu habitat. Sem estas acções, não teria sido possível reintroduzir os animais no seu meio natural.

A gestão de habitats e espécies também se justifica quando espécies exóticas se tornam invasoras. Estas têm a capacidade de eliminar espécies nativas, sendo por isso necessário o seu controlo. Como é difícil a sua erradicação completa, pode ser necessária uma gestão permanente destas espécies. Por exemplo, o chorão é uma planta exótica invasora que se tem expandido na Reserva Natural das Berlengas, pondo em perigo espécies de plantas que apenas se encontram naquela ilha. Assim, tem-se cortado regularmente o chorão, de modo a controlar o seu crescimento por forma a permitir que essas espécies subsistam. Espécies exóticas invasoras podem também causar grandes prejuízos económicos. Por exemplo, o coelho- bravo é uma espécie exótica invasora na Austrália, tendo provocado a extinção de espécies animais e vegetais nativas mas também graves danos na agricultura calculados em milhares de dólares por ano.

Por último, a intervenção Humana também se justifica no caso de habitats em que a vegetação está bastante degradada. Por exemplo, suponhamos que há um local de extracção de pedra que foi abandonado. Se deixarmos que haja uma regeneração natural da vegetação, o processo pode demorar um longo período de tempo. Ao fazer uma restauração do habitat pela plantação de espécies autóctones, aceleramos o processo de recuperação do habitat, minimizando a erosão do solo e garantido que as espécies que ali existiam anteriormente são repostas naquela área.

Em resumo, nalguns ecossistemas degradados, é necessária a intervenção Humana para garantir a manutenção de espécies aí existentes. Esta intervenção poderá ser feita para impedir a extinção de espécies pela sua gestão directa, para controlar espécies exóticas invasoras ou recuperar áreas de vegetação degradada. O futuro da diversidade biológica depende destas acções, mas idealmente estas deveriam ser assumidas de novo pela Natureza.

Bibliografia

Primack, R.B. (1998). Essentials of conservation biology. Sinauer Associates.

Sutherland, W.J. (1998). Conservation science and action. Blackwell Science.

Tucker, G.M. e Evans, M.I. (1997). Habitats for birds in Europe : a conservation strategy for the wider environoment. Cambridge, U.K. : Birdlife International (Birdlife Conservation Series nº 6).