2007-06-29
Mestrado em Biologia da Conservação da Universidade de Évora
Estão abertas até 6 de Julho as candidaturas para a 4.ª edição (2007/08) do curso de Mestrado em Biologia da Conservação da Universidade de Évora. Para mais informações consulte o portal do MBC em www.ensino.uevora.pt/mbc.
Curso de Geomática com desconto para sócios da SPEA
A GeoPoint vai realizar a 13º edição da “Graduação Profissional em Geomática”, a decorrer em Lisboa, entre 8 de Outubro de 2007 e 22 de Janeiro de 2008 (192,5 horas). É um curso bastante prático, que pretende dotar os formandos dos conhecimentos técnicos e científicos associados à concepção, construção e exploração de Sistemas de Informação Geográfica (SIG).
O preço-base deste curso é de 1.925 €; contudo, se for estudante beneficia de desconto especial, ficando em 1.540€. Aos associados da SPEA, ou aos participantes dos cursos da SPEA ministrados na Geopoint, é oferecido o desconto especial de 100,00 €.
Para mais informações contacte cursos@geopoint.pt.
O preço-base deste curso é de 1.925 €; contudo, se for estudante beneficia de desconto especial, ficando em 1.540€. Aos associados da SPEA, ou aos participantes dos cursos da SPEA ministrados na Geopoint, é oferecido o desconto especial de 100,00 €.
Para mais informações contacte cursos@geopoint.pt.
Comunicado SPEA: “Novo Aeroporto de Lisboa”
Com o aparecimento da opção do Campo de Tiro de Alcochete para a construção do Novo Aeroporto de Lisboa cresce a pressão sobre uma das zonas húmidas e áreas protegidas mais importantes da Europa. Para além dos enormes impactes ambientais associados à construção do aeroporto o risco de colisões entre aviões e aves deverá ser analisado, entendendo a SPEA que é necessário um estudo aprofundado sobre as comunidades de aves na área e restantes factores ambientais.
Veja o comunicado completo em www.spea.pt/conteudos/anexos_comunicados/20070626_CIAeroportodeLisboa.pdf.
Veja o comunicado completo em www.spea.pt/conteudos/anexos_comunicados/20070626_CIAeroportodeLisboa.pdf.
Voluntários para actividades de sensibilização ambiental
A agência Cascais Natura (http://www.cascaisnatura.org/) solicitou o apoio da SPEA para o Programa NaturaObserva, que consiste em acções de vigilância da natureza e monitorização da biodiversidade no concelho de Cascais, no período do Verão.
O apoio da SPEA consistirá em: a) elaboração de fichas de campo para registo das aves observadas locais que serão monitorizados, e b) realização de uma palestra no início de cada quinzena, entre 16 de Julho a 30 de Setembro, sobre observação e identificação de aves, dirigida aos vigilantes que participarem do Programa acima referido.
A SPEA procura voluntários para a concretização destas duas acções, sendo necessário que os mesmos tenham conhecimentos sobre aves e identificação das mesmas. Os interessados deverão contactar Alexandra Lopes, através do e-mail alexandra.lopes@spea.pt ou Tel.: 21 322 0430, até ao próximo dia 8 de Julho, indicando a(s) acção(ões) em que poderá(ão) colaborar, bem como a sua disponibilidade.
O apoio da SPEA consistirá em: a) elaboração de fichas de campo para registo das aves observadas locais que serão monitorizados, e b) realização de uma palestra no início de cada quinzena, entre 16 de Julho a 30 de Setembro, sobre observação e identificação de aves, dirigida aos vigilantes que participarem do Programa acima referido.
A SPEA procura voluntários para a concretização destas duas acções, sendo necessário que os mesmos tenham conhecimentos sobre aves e identificação das mesmas. Os interessados deverão contactar Alexandra Lopes, através do e-mail alexandra.lopes@spea.pt ou Tel.: 21 322 0430, até ao próximo dia 8 de Julho, indicando a(s) acção(ões) em que poderá(ão) colaborar, bem como a sua disponibilidade.
2007-06-27
Aves em meios rurais diminuíram 50% na Europa em 25 anos
12-06-2007 - AgroNotícias
Tom Marshall (rspb-images.com) - Miliaria calandra O último censo de aves comuns em toda a Europa demonstra um decréscimo de quase 50 por cento na abundância das aves que dependem dos meios rurais nos últimos 25 anos.
"Em Portugal, o pardal montês e a laverca são as espécies comuns que registam maior queda. Este problema, que atinge toda a Europa, é um reflexo da intensificação agrícola", adiantou à agência Lusa Domingos Leitão, coordenador do Programa Rural da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e membro da Task Force da BirdLife International.
Os resultados do census, hoje divulgado, não referem a quantidade de aves comuns na Europa, mas calcula apenas a sua evolução nos últimos anos.
"Tratam-se de espécies abundantes que é impossível contabilizar. O que se faz é seleccionar uma rede de locais e fazer aí uma evolução comparativa, calculando a sua evolução nos últimos anos", explicou.
Os dados recolhidos por vários cientistas do esquema Pan-Europeu de Monitorização de Aves Comuns (PECBM), incluindo da BirdLife International, baseiam-se em 20 programas de censos nacionais em toda a Europa nos últimos 25 anos e confirmam a "extensão dos estragos" nas populações de aves dependentes de meios rurais neste período.
Estas aves apresentam em toda a Europa decréscimos populacionais de 44 por cento, em média, entre 1980 e 2005.
Espécies como a laverca Alauda arvensis, o trigueirão Miliaria calandra, o abibe Vanellus vanellus e o pardal-montês Passer montanus são nomes sonantes da longa lista de espécies de aves rurais em declínio acentuado.
Também as aves dependentes de meios florestais apresentaram decréscimos importantes, da ordem dos nove por cento, em média.
"Os sistemas florestais reagem mais lentamente a alterações do que os meios agrícolas, pelo que novamente este é um sinal muito preocupante para os cientistas", comentou Domingos Leitão.
As organizações não governamentais representadas neste estudo, entre as quais a SPEA, solicitam uma reforma da Política Agrícola Comum (PAC) que tem levado a uma intensificação da agricultura.
Tom Marshall (rspb-images.com) - Miliaria calandra O último censo de aves comuns em toda a Europa demonstra um decréscimo de quase 50 por cento na abundância das aves que dependem dos meios rurais nos últimos 25 anos.
"Em Portugal, o pardal montês e a laverca são as espécies comuns que registam maior queda. Este problema, que atinge toda a Europa, é um reflexo da intensificação agrícola", adiantou à agência Lusa Domingos Leitão, coordenador do Programa Rural da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e membro da Task Force da BirdLife International.
Os resultados do census, hoje divulgado, não referem a quantidade de aves comuns na Europa, mas calcula apenas a sua evolução nos últimos anos.
"Tratam-se de espécies abundantes que é impossível contabilizar. O que se faz é seleccionar uma rede de locais e fazer aí uma evolução comparativa, calculando a sua evolução nos últimos anos", explicou.
Os dados recolhidos por vários cientistas do esquema Pan-Europeu de Monitorização de Aves Comuns (PECBM), incluindo da BirdLife International, baseiam-se em 20 programas de censos nacionais em toda a Europa nos últimos 25 anos e confirmam a "extensão dos estragos" nas populações de aves dependentes de meios rurais neste período.
Estas aves apresentam em toda a Europa decréscimos populacionais de 44 por cento, em média, entre 1980 e 2005.
Espécies como a laverca Alauda arvensis, o trigueirão Miliaria calandra, o abibe Vanellus vanellus e o pardal-montês Passer montanus são nomes sonantes da longa lista de espécies de aves rurais em declínio acentuado.
Também as aves dependentes de meios florestais apresentaram decréscimos importantes, da ordem dos nove por cento, em média.
"Os sistemas florestais reagem mais lentamente a alterações do que os meios agrícolas, pelo que novamente este é um sinal muito preocupante para os cientistas", comentou Domingos Leitão.
As organizações não governamentais representadas neste estudo, entre as quais a SPEA, solicitam uma reforma da Política Agrícola Comum (PAC) que tem levado a uma intensificação da agricultura.
Medidas de apoio a aves ameaçadas do Douro Internacional
26-06-2007 - AgroNotícias
Três das aves mais ameaçadas em Portugal, a águia bonelli, o abutre do Egipto e a cegonha-preta, vão ser alvo de um "plano de emergência" no Parque Natural do Douro Internacional, anunciou ontem o promotor do projecto.
O objectivo do plano é travar a perda de biodiversidade até 2010, facilitando o acesso a alimento, melhorando a sua produtividade, reduzindo as perturbações associadas a actividades humanas em zonas de nidificação e até melhorando a imagem destas espécies junto das populações locais.
O projecto é financiado pela EDP, no âmbito de várias iniciativas Business e Biodiversity da presidência portuguesa da União Europeia que começa em Julho.
O plano de actuação de emergência para a conservação daquelas aves rapinas, a que a agência Lusa teve acesso, prevê ainda a correcção de linhas eléctricas de média tensão e a criação de cercados de reprodução de coelho-bravo, uma espécie que nos últimos anos tem sido vítima doença hemorrágica viral e que constitui um dos principais alimentos daquelas espécies de aves.
A EDP explica, naquele documento, que a intervenção nas linhas eléctricas destina-se a diminuir o risco de mortalidade por electrocussão e colisão em áreas vitais de cinco casais de águia bonelli.
O plano da empresa prevê também a instalação de parcelas de cereal em antigos terrenos agrícolas, criando campos de alimentação das espécies de presas, o fornecimento de alimento artificial (coelhos e pombos domésticos) à águia bonelli, a construção de pombais, o repovoamento com perdiz-vermelha e a construção de dois campos de alimentação de abutres.
O Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), que hoje assinou um protocolo com a EDP sobre esta iniciativa, fica encarregue de apoiar e acompanhar as iniciativas Business e Biodiversity da eléctrica nacional.
Os movimentos das aves no parque vão ser acompanhados através de um sistema de vídeo-vigilância, a montar perto nos ninhos, e via GSMsatélite.
A EDP quer também promover campanhas de educação ambiental junto da população local, para potenciar as boas práticas agrícolas naquela zona do Douro Internacional.
Três das aves mais ameaçadas em Portugal, a águia bonelli, o abutre do Egipto e a cegonha-preta, vão ser alvo de um "plano de emergência" no Parque Natural do Douro Internacional, anunciou ontem o promotor do projecto.
O objectivo do plano é travar a perda de biodiversidade até 2010, facilitando o acesso a alimento, melhorando a sua produtividade, reduzindo as perturbações associadas a actividades humanas em zonas de nidificação e até melhorando a imagem destas espécies junto das populações locais.
O projecto é financiado pela EDP, no âmbito de várias iniciativas Business e Biodiversity da presidência portuguesa da União Europeia que começa em Julho.
O plano de actuação de emergência para a conservação daquelas aves rapinas, a que a agência Lusa teve acesso, prevê ainda a correcção de linhas eléctricas de média tensão e a criação de cercados de reprodução de coelho-bravo, uma espécie que nos últimos anos tem sido vítima doença hemorrágica viral e que constitui um dos principais alimentos daquelas espécies de aves.
A EDP explica, naquele documento, que a intervenção nas linhas eléctricas destina-se a diminuir o risco de mortalidade por electrocussão e colisão em áreas vitais de cinco casais de águia bonelli.
O plano da empresa prevê também a instalação de parcelas de cereal em antigos terrenos agrícolas, criando campos de alimentação das espécies de presas, o fornecimento de alimento artificial (coelhos e pombos domésticos) à águia bonelli, a construção de pombais, o repovoamento com perdiz-vermelha e a construção de dois campos de alimentação de abutres.
O Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), que hoje assinou um protocolo com a EDP sobre esta iniciativa, fica encarregue de apoiar e acompanhar as iniciativas Business e Biodiversity da eléctrica nacional.
Os movimentos das aves no parque vão ser acompanhados através de um sistema de vídeo-vigilância, a montar perto nos ninhos, e via GSMsatélite.
A EDP quer também promover campanhas de educação ambiental junto da população local, para potenciar as boas práticas agrícolas naquela zona do Douro Internacional.
2007-06-16
Ervas Aromáticas
As plantas sempre foram um recurso importante para o Ser Humano, como fonte de alimento, como remédio para muitos males e mesmo como “adorno”. “Não é pequena a lista de plantas bravias que podem ser utilizadas na alimentação humana, tanto directamente, como utilizadas como condimento. A muitas dessas plantas não tem sido reconhecido o seu verdadeiro mérito e utilidade. Os seus habitats são muito diversos, desde bosques, prados, ou matagais até beiradas de linhas de água e bordaduras de caminhos.” (José Alves Ribeiro)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem dados que mostram que cerca de 80% da população mundial utilizou algum tipo de erva aromática para fins medicinais. Desse total, pelo menos 30% foi por indicação médica. A própria OMS tem incentivado a utilização de plantas medicinas.
Os nossos antepassados entendiam as plantas com poderes curativos como fundamentais para a sua sobrevivência. “O Homem recolector brindou-nos com uma espectacular relação simbiótica com o meio, onde os ciclos de vida se complementavam em interacção. Com a tecnocratização esse mesmo Homem, agora mais evoluído, foi perdendo este sentido de relação com a Terra, encaminhando-se por vias de banalização e de desrespeito pelos Ecossistemas.” (Etnobotânica - José Alves Ribeiro, António Monteiro, Maria de Lurdes Silva, João Azevedo Editor). Ultimamente, com a ajuda da ciência, o Ser Humano tem compreendido a importância destas plantas, voltando assim a surgir uma maior procura. “Durante muito tempo considerou-se sem interesse o desenvolvimento deste tema face à importância crescente da química moderna e das maravilhas que supostamente consegue imitando a natureza. Mas, as muitas dúvidas sobre a metodologia e consequências de muitas substâncias que o Homem inventa levam à procura do natural, nomeadamente como forma de encontrar soluções sem consequências e efeitos secundários, o que a solução sintética não consegue no seu todo.” (A. Costa Lobo in Naturlink). A melhor forma de assegurar a sua provisão é constituir um jardim.
“Existem plantas medicinais e aromáticas das mais diversas espécies. Apresentam consistência herbácea, semi-herbácea ou lenhosa, com aproveitamento apenas de uma parte da planta ou da totalidade. Estas plantas têm na sua composição as substâncias que todas as outras possuem como seja água, sais minerais, ácidos orgânicos, hidratos de carbono ou substâncias proteicas. No entanto de planta para planta, há uma variação relativa destes compostos e noutras aparecem alguns outros que as demarcam e conferem propriedades especiais. Os componentes que diferenciam as plantas com estas características de outras, conferindo-lhe valor terapêutico e aromático, são os seus princípios activos. ” (A. Costa Lobo in Naturlink).
Dos princípios activos destacam-se os seguintes:
os alcalóides – compostos tóxicos que actuam sobre o sistema nervoso central; os óleos essenciais – obtêm-se por destilação e aparecem em plantas com um aroma característico; taninos – têm propriedades anti-diarreicas; princípios amargos – estimulam a secreção de sucos gástricos, melhorando o apetite; mucilagens – hidrocarbonetos utilizados como laxantes, lubrificantes ou anti-inflamatórios. Pra aprofundar este tema pode ser consultada a seguinte referência: Vasconcellos, J. C. (1949) Plantas Medicinais e Aromáticas. D.G.S.A. Lisboa.
As plantas aromáticas também aparecem ligadas às crendices populares. Como curiosidade citam-se algumas:
“Para afastar desordens ou tempestades na família – colocar três raminhos de alecrim, em cruz, debaixo da cinza na lareira da casa, sem que as pessoas iradas se apercebam e logo se acomodarão.”
“Para a moça fazer andar o rapaz sempre à cordinha, até que se resolva a casar com ela – trazer numa bolsinha, sobre o peito esquerdo, um osso de um cão, outro de um gato, três folhas de arruda, três raminhos de alecrim e um alho verde. Terá que lavar bem o corpo em cruz – desde as pontas dos dedos da mão direita – e das pontas dos dedos do pé direito até às pontas dos dedos da mão esquerda. Com esta água, faz-se um café, para servir ao dito cujo, acompanhado com ovos fritos, partidos no “cachaço” d’ela e aparados no respectivo “traseiro”.”
“Para evitar pesadelos – colocar um ou dois pés de alecrim debaixo da almofada que induzirão ao sono e evitarão pesadelos.” (Etnobotânica - José Alves Ribeiro, António Monteiro, Maria de Lurdes Silva, João Azevedo Editor)
Aproveitando a disciplina de Área de Projecto do 12º ano, um grupo de alunos da turma B desenvolveu um projecto que teve como finalidade sensibilizar a comunidade escolar para a utilidade das ervas aromáticas e seus fins medicinais e dotar a escola com mais um recurso pedagógico – Estufa e jardim que poderão ser utilizados em outros projectos e aulas práticas. A estufa foi construída com êxito mas a construção do jardim ficou inviabilizada devido ao factor tempo.
Paralelamente, outro grupo de alunos desenvolveu um projecto com a finalidade de explorar as potencialidades da compostagem em meio escolar. A compostagem é um processo que permite a transformação de resíduos domésticos (da cantina) num composto fertilizante natural. Este grupo pretende, também que os elementos da comunidade escolar tomem consciência de que pequenas mudanças de hábitos podem levar à redução dos resíduos domésticos a enviar para o aterro sanitário. O composto obtido neste processo poderá ser utilizado na estufa e no jardim.
Sandra Pinho
(ES/3 Macedo de Cavaleiros)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem dados que mostram que cerca de 80% da população mundial utilizou algum tipo de erva aromática para fins medicinais. Desse total, pelo menos 30% foi por indicação médica. A própria OMS tem incentivado a utilização de plantas medicinas.
Os nossos antepassados entendiam as plantas com poderes curativos como fundamentais para a sua sobrevivência. “O Homem recolector brindou-nos com uma espectacular relação simbiótica com o meio, onde os ciclos de vida se complementavam em interacção. Com a tecnocratização esse mesmo Homem, agora mais evoluído, foi perdendo este sentido de relação com a Terra, encaminhando-se por vias de banalização e de desrespeito pelos Ecossistemas.” (Etnobotânica - José Alves Ribeiro, António Monteiro, Maria de Lurdes Silva, João Azevedo Editor). Ultimamente, com a ajuda da ciência, o Ser Humano tem compreendido a importância destas plantas, voltando assim a surgir uma maior procura. “Durante muito tempo considerou-se sem interesse o desenvolvimento deste tema face à importância crescente da química moderna e das maravilhas que supostamente consegue imitando a natureza. Mas, as muitas dúvidas sobre a metodologia e consequências de muitas substâncias que o Homem inventa levam à procura do natural, nomeadamente como forma de encontrar soluções sem consequências e efeitos secundários, o que a solução sintética não consegue no seu todo.” (A. Costa Lobo in Naturlink). A melhor forma de assegurar a sua provisão é constituir um jardim.
“Existem plantas medicinais e aromáticas das mais diversas espécies. Apresentam consistência herbácea, semi-herbácea ou lenhosa, com aproveitamento apenas de uma parte da planta ou da totalidade. Estas plantas têm na sua composição as substâncias que todas as outras possuem como seja água, sais minerais, ácidos orgânicos, hidratos de carbono ou substâncias proteicas. No entanto de planta para planta, há uma variação relativa destes compostos e noutras aparecem alguns outros que as demarcam e conferem propriedades especiais. Os componentes que diferenciam as plantas com estas características de outras, conferindo-lhe valor terapêutico e aromático, são os seus princípios activos. ” (A. Costa Lobo in Naturlink).
Dos princípios activos destacam-se os seguintes:
os alcalóides – compostos tóxicos que actuam sobre o sistema nervoso central; os óleos essenciais – obtêm-se por destilação e aparecem em plantas com um aroma característico; taninos – têm propriedades anti-diarreicas; princípios amargos – estimulam a secreção de sucos gástricos, melhorando o apetite; mucilagens – hidrocarbonetos utilizados como laxantes, lubrificantes ou anti-inflamatórios. Pra aprofundar este tema pode ser consultada a seguinte referência: Vasconcellos, J. C. (1949) Plantas Medicinais e Aromáticas. D.G.S.A. Lisboa.
As plantas aromáticas também aparecem ligadas às crendices populares. Como curiosidade citam-se algumas:
“Para afastar desordens ou tempestades na família – colocar três raminhos de alecrim, em cruz, debaixo da cinza na lareira da casa, sem que as pessoas iradas se apercebam e logo se acomodarão.”
“Para a moça fazer andar o rapaz sempre à cordinha, até que se resolva a casar com ela – trazer numa bolsinha, sobre o peito esquerdo, um osso de um cão, outro de um gato, três folhas de arruda, três raminhos de alecrim e um alho verde. Terá que lavar bem o corpo em cruz – desde as pontas dos dedos da mão direita – e das pontas dos dedos do pé direito até às pontas dos dedos da mão esquerda. Com esta água, faz-se um café, para servir ao dito cujo, acompanhado com ovos fritos, partidos no “cachaço” d’ela e aparados no respectivo “traseiro”.”
“Para evitar pesadelos – colocar um ou dois pés de alecrim debaixo da almofada que induzirão ao sono e evitarão pesadelos.” (Etnobotânica - José Alves Ribeiro, António Monteiro, Maria de Lurdes Silva, João Azevedo Editor)
Aproveitando a disciplina de Área de Projecto do 12º ano, um grupo de alunos da turma B desenvolveu um projecto que teve como finalidade sensibilizar a comunidade escolar para a utilidade das ervas aromáticas e seus fins medicinais e dotar a escola com mais um recurso pedagógico – Estufa e jardim que poderão ser utilizados em outros projectos e aulas práticas. A estufa foi construída com êxito mas a construção do jardim ficou inviabilizada devido ao factor tempo.
Paralelamente, outro grupo de alunos desenvolveu um projecto com a finalidade de explorar as potencialidades da compostagem em meio escolar. A compostagem é um processo que permite a transformação de resíduos domésticos (da cantina) num composto fertilizante natural. Este grupo pretende, também que os elementos da comunidade escolar tomem consciência de que pequenas mudanças de hábitos podem levar à redução dos resíduos domésticos a enviar para o aterro sanitário. O composto obtido neste processo poderá ser utilizado na estufa e no jardim.
Sandra Pinho
(ES/3 Macedo de Cavaleiros)
2007-06-08
Voluntários - SPEA
Voluntários para stand da SPEA na FIA
A SPEA, em parceria com a Artesanato Ambiental, vai participar na Feira de Artesanato de Lisboa, a decorrer na FIL nos próximos dias 23 de Junho a 2 de Julho. Se estiver interessado em colaborar na divulgação e promoção da SPEA e na na venda dos produtos da nossa loja junto dos visitantes, agradecemos que nos contacte através do e-mail vanessa.oliveira@spea.pt, até dia 17 de Junho.
Para mais informações consulte www.spea.pt/index.php?op=voluntariado_Feiras.
A SPEA, em parceria com a Artesanato Ambiental, vai participar na Feira de Artesanato de Lisboa, a decorrer na FIL nos próximos dias 23 de Junho a 2 de Julho. Se estiver interessado em colaborar na divulgação e promoção da SPEA e na na venda dos produtos da nossa loja junto dos visitantes, agradecemos que nos contacte através do e-mail vanessa.oliveira@spea.pt, até dia 17 de Junho.
Para mais informações consulte www.spea.pt/index.php?op=voluntariado_Feiras.
Livros Raros
Livros raros continuam em saldo
A feira do livro patente na loja da sede da SPEA desde o final de Abril está a ser um sucesso! Assim, decidimos prolongá-la para que não perca a oportunidade de adquirir com desconto, livros sobre as aves e o ambiente. A lista dos artigos em saldo pode ser consultada em www.spea.pt/index.php?op=artigos_saldo, sendo conveniente confirmar através do e-mail loja@spea.pt se o livro ou CD que deseja ainda se encontra à sua espera.
A feira do livro patente na loja da sede da SPEA desde o final de Abril está a ser um sucesso! Assim, decidimos prolongá-la para que não perca a oportunidade de adquirir com desconto, livros sobre as aves e o ambiente. A lista dos artigos em saldo pode ser consultada em www.spea.pt/index.php?op=artigos_saldo, sendo conveniente confirmar através do e-mail loja@spea.pt se o livro ou CD que deseja ainda se encontra à sua espera.
Saída de Campo - Serra da Estrela
O Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE) vai organizar em colaboração com a SPEA, uma saída de campo para observação de aves, a decorrer no próximo dia 16 de Junho. O itinerário da saída irá incluir a visita a locais situados nos vários andares bioclimáticos da Serra, tais como a Várzea do Rio Seia, o Vale do Rossim, Campos Romão, o Vale do Zêzere, o Covão d’Ametade, a Nave de Santo António, a Torre, a Lagoa Comprida e a Sr.ª do Desterro.
Inscrições e mais informações deverão ser obtidas junto de José Conde, pelo telefone 238320300.
Inscrições e mais informações deverão ser obtidas junto de José Conde, pelo telefone 238320300.
Subscrever:
Mensagens (Atom)